Uso-as para mil e uma coisas: para lavar loiça, como saboneteira, para exfoliar a pele, como esponja de banho, … e passo a vida a recomendá-las a toda a gente.

Há cerca de um ano atrás, em conversas de família, expressei a minha vontade de cultivar a minha própria luffa. Inicialmente ficou tudo meio confuso, uma vez que não sabiam a que me referia, mas rapidamente o desconhecimento virou interesse, e quando dei por mim, estavam-me a requerer que procurasse sementes da planta para ver o que aconteceria quando deitadas à terra.

As culturas fazem-se de ciclos, e esta não é exceção. Depois de ter encontrado uma bolsinha de sementes numa loja de bricolage, estudei bem quando e como deveria semear e em março deste ano 4 sementes pretinhas foram para a terra. Nos primeiros dias parecia-nos que tudo aquilo tinha sido um tiro no pé, mas rapidamente entendemos que depois de romper a terra, a luffa dá tudo por tudo para chegar onde quer. Que no nosso caso foi a mais de 2 metros de distância do chão, já que o vaso estava num parapeito. As gavinhas agarravam-se com firmeza a onde lhes permitia o alcance e em maio tivemos que lhe dar uma cama king size.

Daí em diante a história é curta: cresceu, cresceu, cresceu, deu flor e, depois, fruto. Ainda só colhemos uma luffa do nosso luffal – como lhe chamo – mas temos outras quantas lá penduradas, a aproveitar os últimos dias de calor para amadurecer e serem colhidas.

Solta a semente, sacode, descasca e banho! Depois de bem lavadas, as luffas estão prontas a usar. E para o ano, o ciclo repetir-se-á (espero eu!)