Há cerca de um mês publicamos um artigo sobre a jornada ecológica cá de casa em que se estabeleceu o compromisso de substituir lenços e guardanapos de papel, que atiramos sem pensar para o lixo inúmeras vezes por semana, por alternativas em pano, laváveis, reutilizáveis e sustentáveis.

Num almoço de família a um domingo, a temática surgiu à mesa e eis que uma mãe sábia, e sempre pronta a ajudar, resgata dois lenços de pano, de homem – novos, a estrear, e com bem mais de 20 anos!! – , da sua coleção mágica (quase todas as mães têm uma, não têm?). O meu pai sempre usou lenços de pano e creio nunca se ter aproximado de um pacote de lenços de papel em mais de 50 anos de existência! Pelo menos o moço cá de casa ficou servido nesse aspeto. Já a menina, isto é, eu (!), lá revirei gavetas com tralhas antigas de quando era miúda e encontrei alguns lenços muuuuuito fininhos, mas que não achei robustos o suficiente para o propósito. Tenho cá para mim que acabarei por fazer os meus próprios lenços de pano com um pedaço de tecido de algodão que comprei há uns tempos. Só me falta a máquina de costura e… saber costurar…!

No que concerne aos guardanapos de pano, a solução passou por uma compra de impulso, mas muito consciente. Uma manhã, ainda meia atordoada do sono, vi um insta story da Branco Chá (https://www.facebook.com/brancocha/ e https://www.instagram.com/branco_cha/) no qual a Antónia mostrava uns amorosos conjuntos de guardanapos vintage, feitos com excedentes de tecidos, e com uma argolinha personalizada para identificar o dono. No instante seguinte estava a enviar-lhe mensagem e em menos de uma semana tinha-os comigo! Comprei quatro como presente para os meus pais e outros dois cá para casa.

E agora, um aparte muito pertinente: a Branco Chá é um projeto que me enche o coração. A simplicidade, alegria e espírito de partilha da encantadora Antónia Gomes conferem alma e personalidade a todas as suas criações. A Branco Chá é empoderamento feminino, é garra, é sustentabilidade, é ambição, é humildade, é amor. Como se não bastasse, está aqui mesmo ao lado! Partilhamos esta Póvoa de Varzim tão rica e tão bela como morada.

À Antónia deixamos o nosso maior obrigado!

Apesar de ainda não ter sido possível eliminar totalmente o uso deste tipo de descartáveis, conseguiu-se reduzir significativamente com estas duas alterações. O caminho não é fácil, e torna-se muitas vezes assoberbante, sobretudo quando nos deparamos com (bons!) exemplos de como as coisas podem ser feitas. Nunca nos podemos esquecer que cada caso é um caso e que cada um consegue abordar mais facilmente uns setores que outros.

Errar é uma parte natural e obrigatória da aprendizagem. O importante nesta jornada é nunca desistir.